(CIRANDA )
*** REVOADA
Yvany Gurgel do Amaral Esperei por ti
Inutilmente, E o beija-flor sorriu Quando me viu Triste, E procurou me alegrar Insistentemente. Outros pássaros Chegaram E me cobriram de rosas, E eu não vi O entardecer, Carinhoso, nos acolher Em notas silenciosas. Aves da paz Vieram apascentar o meu Coração, Porque na curva do Caminho Escondeu-se, devagarzinho, O dono da minha paixão. A ave voltou Após castigo do dilúvio, E um lindo plenilúnio Também no céu brilhou, Na minha mão nervosa Ficou cheiro de rosa Que nunca murchou. Pela janela eu vi Uma linda revoada, Raios de luz iluminada Por um brilho que Só o amor tem, Diz que meu amado Ainda vem... ***
REVOADA Revoada de pássaros bailando no espaço Revoada de sentimentos lembrando o seu abraço. Caminhando junto ao mar Levo n' alma a alegria Só pássaros em revoada fazem-me companhia
Vem amor... Vem comigo nessa caminhada!
Diz no meu ouvido que sou muito amada
Gildina Roriz
***
QUERO-QUERO, CONDOR... quero sem dor...
Marcial Salaverry Em um de seus vôos, um condor, que queria esquecer um beijaflor, encontrou um quero-quero com dor... Disse-lhe: Quero-te quero-quero... quero te cuidar... Quero-quero respondeu a chilrear... quero, quero sim, não gosto de ficar com dor, Para cuidar-me, quero-te condor... Condor, seja como for, deixou quero-quero sem dor. Agora quero-quero não quer mais dor... então para ficar sem dor... apenas quer o condor... Essa a história de um estranho caso de amor, em que um condor, deixou o quero-quero sem dor... E o quero-quero, que queria um querer sem dor, ficou sem dor junto do condor... Marcial Salaverry ***
REVOADA
Sonhos e desejos fogem da minha mente Mas voltam como pombos, aves em bando, em revoada Trazendo mais sonhos e desejos presentes Vou seguindo a vida calmamente Sabendo que a magia dos sonhos prementes ''E como uma revoada de gaivotas e balões Quando penso não mais tê-los Eles veem e me assombram ardentemente. Ana Carolina Monte Studart Gurgel
PÁSSARO SÓ Humberto Rodrigues Neto
Assim como essas aves solitárias viver não logram se não for em bando, cada um de nós é um pássaro buscando não ser no voo da vida meros párias. No afã de não ser sós vamos ruflando no azul da vida as asas temerárias, buscando, dentre as aves solidárias, as que estão sós, na imensidão flanando. Se tu’alma traz da solidão o pó, e igual a mim és tímida avezinha causando às demais aves medo e dó... vem desmanchar tua solidão na minha, e nunca mais hás de voar sozinha, e nem meu voo se fará tão só! --- oOo --- Maria Gildina de Santana Roriz (Magy), Yvany Gurgel do Amaral, Marcial Salaverry, Ana Carolina Monte Studart Gurge e
Enviado por Maria Gildina de Santana Roriz (Magy) em 30/09/2010
Alterado em 14/09/2013 Copyright © 2010. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |