Minhas Mãos.
Observo mãos. Na realidade são elas o primeiro detalhe que observo nas pessoas. Gosto das minhas. Lembram-me as do meu pai. Pequenas e ágeis, elas me guiam. Vão à frente dos meus pensamentos, desbravando caminhos... Belas enquanto jovens, aos poucos perdem o viço, envelhecem antes do meu corpo e da minha mente, antes de mim... Todavia, continuam a ser cada vez mais as minhas guias. Seguem apalpando, explorando, pesquisando, criando, arrumando, escolhendo, separando. Sabem ceder, consentir, mas também sabem negar impor, e lutar se for preciso. Essas mesmas mãos que acariciam, também castigam. Descobrem mundos desconhecidos, desnudam o velado, e cobrem o que está exposto, dependendo da ocasião. Enfim... Minhas mãos fazem tanto, que não dá pra descrever do que elas são capazes, mas, por dois motivos eu as bendigo. Elas afagam e abençoam... Benditas mãos que amam. Maria Gildina de Santana Roriz (Magy)
Enviado por Maria Gildina de Santana Roriz (Magy) em 17/09/2014
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